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domingo, 27 de dezembro de 2015

Novo Técnico: Edgardo Bauza


O São Paulo anunciou a contratação de Edgardo Bauza para comandar a equipe até o fim de 2016. O técnico argentino, que havia comunicado que não continuaria no San Lorenzo, será o responsável por conseguir já no início do ano a classificação do Tricolor para a segunda fase da Taça Libertadores. O adversário da etapa inicial, em dois jogos de mata-mata, será conhecido no sorteio da competição, na próxima terça-feira, em Assunção.

– Estou muito contente por poder chegar a um clube de tanta história e tão grande como o São Paulo. Uma saudação especial para toda a torcida. Esperamos que possamos ao longo desse ano futebolístico voltar a colocar o São Paulo onde sempre tem de estar: em cima e  buscando títulos. Um abraço – disse Bauza, em vídeo divulgado pelo São Paulo.

– Estou muito feliz por poder contratar um treinador vencedor, bicampeão da Libertadores, que é o torneio que o nosso torcedor mais gosta de disputar – afirmou o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, ao site do clube.

Bauza, de 57 anos, chegará com um contrato sem multa rescisória, e substituirá Doriva, contratado dias antes da renúncia do ex-presidente Carlos Miguel Aidar e demitido pela atual gestão, que optou pelo interino Milton Cruz na reta final do Campeonato Brasileiro. A quarta colocação deu direito a participar da Libertadores.

A negociação com Edgardo Bauza foi amplamente sigilosa. Antes de definir quem treinaria a equipe, a diretoria pensou em Cuca e Paulo Autuori, conversou com o uruguaio Diego Aguirre e sondou a possibilidade de contratar o argentino Jorge Sampaoli, da seleção chilena.

O colombiano Juan Carlos Osorio, que dirigiu a equipe entre os meses de maio e setembro, serviu como modelo na procura tricolor. Absolutamente fã do treinador, que saiu por conta de uma proposta da seleção mexicana e de desavenças com Aidar, a cúpula do São Paulo pretende manter moldes de trabalho implantados por ele. 


Bauza tem um currículo vitorioso em competições internacionais. Pela LDU, do Equador, ele venceu a Libertadores de 2008 e a Recopa de 2010. Em 2014, voltou a conquistar o principal torneio da América do Sul, agora pelo San Lorenzo. 

domingo, 13 de dezembro de 2015

Pra Sempre M1TO


Foram 1.237 jogos, 131 gols, muitos títulos e glórias, recordes incontáveis... Sobram números na histórica carreira de Rogério Ceni. Faltam palavras ao são-paulino para definir o sentimento. Tão natural quanto o tricolor do uniforme era ter o Mito no gol. Foi assim por 25 anos. Não será mais. O ídolo pendurou as luvas para virar lenda eterna viva do futebol mundial.

O ponto final nos gramados veio em noite mágica no Morumbi lotado. Com rock, reverência da torcida e uma constelação de ídolos, Rogério Ceni e o São Paulo reuniram os campeões mundiais de 1992, 1993 e 2005 para um jogo histórico. O resultado, mero detalhe, apontou vitória da equipe do tri por 5 a 3 sobre o combinado dos bicampeões do início da década de 90.

Um a um, os ídolos foram anunciados e ovacionados pela torcida. Muricy Ramalho, Diego Lugano, Raí e o próprio Mito foram os mais festejados. Telê Santana, representado pelo filho Renê Santana, também foi muito lembrado pelos tricolores. Não faltaram gritos de "volta, Lugano" para o zagueiro do Cerro Porteño, nome analisado pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, para 2016.

Antes de a bola rolar, Raí, Ronaldão e o próprio Ceni, capitães dos três títulos mundiais, receberam as respectivas taças de 92, 93 e 2005. Elas foram entregues pelo ex-presidente José Mesquita Pimenta, por Rochelle Siqueira Portugal Gouvêa, viúva do ex-presidente Marcelo Portugal Gouvêa, e Angelina Juvêncio, viúva de Juvenal Juvêncio, que morreu na quarta-feira.

Uma parte da torcida chegou a vaiar Danilo, meia do Corinthians, convidado para o time de 2005, mas que recusou por atuar no rival.

As bandeiras de mastro e os sinalizadores, proibidos em jogos comuns no estado de São Paulo, terminaram por compor o cenário de festa no Morumbi lotado.

Zetti, Cafu, Raí, Muller e companhia tiveram dificuldade para segurar o ímpeto do time tri mundial, obviamente mais jovem e condicionado fisicamente. Amoroso e Aloísio rapidamente abriram 2 a 0. Só então o jogo foi interrompido para se respeitar um minuto de silêncio pela morte do ex-presidente Juvenal Juvêncio.

Paralelamente ao jogo, a torcida ovacionava Lugano a cada toque na bola. O uruguaio e Muricy Ramalho foram os nomes mais gritados.

Cafu, com disposição de sobra, descontou para o time 92/93. Então, Ceni protagonizou um dos pontos altos da noite: foi substituído por Bosco no gol, e retornou com a camisa 01 na linha, expectativa de muitos são-paulinos durante a carreira do Mito. Nos treinos no CT da Barra Funda, ele atuou dessa maneira diversas vezes. Antes de reiniciar o jogo, o ídolo cedeu a faixa de capitão a Lugano, para delírio dos são-paulinos.

Quando a bola voltou a rolar, Josué e Thiago Ribeiro ampliaram para o time de 2005. Zetti, incentivado pelos são-paulinos, descontou de pênalti para os bicampeões. Justamente quando Zetti agradecia os gritos da torcida em gesto de reverencia, de costas para a partida, Ceni reiniciou o jogo com finalização do meio de campo. A bola pingou e por muito pouco não entrou. Assim como Pelé, o ídolo ficou no quase em lance parecido.

Ceni recebeu homenagens no intervalo: uma placa do diretor de marketing da CBF, Gilberto Ratto, vaiado por parte dos são-paulinos, e outras homenagens, também da FPF. Um dos momentos de emoção para o goleiro foi quando a banda Ira o chamou ao palco para cantar. Ele ajudou a tocar a música “Envelheço na cidade” e depois ouviu do vocalista Nasi:
– Você vai ser técnico desse time, voltará para cá, e vamos ser campeões de novo, Rogério.

Depois de a bola voltar a rolar, Cafu, de pé esquerdo, fez mais um para os bicampeões mundiais. O esperado gol de Ceni veio de pênalti, como outros 69 da carreira, e encerrou o placar em 5 a 3 para os campeões de 2005.


O apito final foi precedido de uma contagem regressiva de 10 segundos e a história do Mito foi encerrada nos gramados para sempre. “Todos têm goleiro, só nós temos Rogério: goleiro matador!”, foi o grito que ecoou no Morumbi, antes de o hino do clube ser cantado com todos os campeões mundiais em um círculo no gramado.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #38 - Goiás 0x1 São Paulo


O Goiás parecia não saber que tinha chances de permanência. Teve seis finalizações no jogo, mas nenhuma chance real de gol. Thiago Mendes fez mais uma boa atuação pelo São Paulo e encerra o ano como um dos destaques da equipe. Promete para 2016. De nada adiantou o apoio da torcida. O Serra Dourada teve 34.284 pagantes, maior público do Goiás no Brasileirão, mas o time foi rebaixado.

Mesmo se vencesse, se goleasse, se tivesse uma de suas melhores atuações na história, o Goiás não mereceria ficar na Série A. O clube deu vários sinais ao longo da temporada de que a Série B seria seu destino, desde os desentendimentos entre diretoria e elenco até a limitação técnica da equipe. Contra o São Paulo, sequer parecia jogo decisivo. O time foi apático. Agora a missão é dura: fazer uma ampla reformulação no clube, mas ao mesmo tempo não se perder para tentar retornar à elite.


Tudo bem, torcedor do São Paulo: pode celebrar a vaga na Libertadores. Mas tenha noção de que ela só veio com a incompetência dos rivais. O Tricolor se esforçou para não terminar no G-4. Sofreu com crises políticas e a inconsistência do time. O ano acaba em campo, e a diretoria deve agir. A próxima temporada começará sem Pato, Rogério, Luis Fabiano, e o clube ainda está sem treinador definido. Terá que se movimentar, mesmo com limitações financeiras, para não fazer feio na Libertadores.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #37 - São Paulo 3x2 Figueirense


Thiago Mendes foi o destaque. A bomba aos 49 do 2º tempo que decretou a vitória tricolor não foi a única virtude. Correu o jogo todo e lutou muito. Nos últimos cinco jogos, o Figueirense só ganhou um, o que é sintomático para uma equipe que briga contra o rebaixamento e perde forças. Luís Fabiano entrou em campo chorando na sua despedida do Morumbi e deu a entender que não enfrentará o Goiás na última rodada.

Que vitória, de virada, dos milagres e das despedidas. O São Paulo deu um passo importante para levar a vaga restante no G-4, ainda mais após o empate do Inter com o Flu. Acreditar até o fim foi a maior das virtudes. O triunfo foi daqueles de lavar a alma do torcedor. Luís Fabiano deixou sua marca na saideira do Morumbi. Mas Pato deixou a desejar. Com 59 pontos, o time só depende dele, sobre o Goiás, na última rodada, para ir à Libertadores sem secar os rivais. Só que o jogo é no Serra Dourada.


Com Carlos Alberto comandando o time e marcando um belo gol e Clayton lutador, o Figueirense chegou a virar a partida para 2 a 1 e a dar sinais de que poderia vencer, mas não resistiu à pressão final. Após a derrota dolorida, mantém-se com 40 pontos e caiu para a zona da degola após a vitória do rival Avaí. Nada é pior. Os catarinenses encerram a participação contra o Fluminense, em Florianópolis, precisando da vitória a qualquer custo e rezando para a combinação de resultados não rebaixá-lo. Dramático.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #36 - Corinthians 6x1 São Paulo


O massacre de 6 a 1 foi a maior goleada da história do clássico. O Corinthians já havia aplicado 5 a 0 duas vezes. Com 80 pontos, o Corinthians igualou o Cruzeiro de 2014. Tem mais duas rodadas para superar a marca de melhor campanha da era dos pontos corridos. Para piorar a situação do São Paulo, o atacante Alan Kardec perdeu um pênalti, defendido por Cássio, quando o placar já estava 6 a 1.

A euforia da torcida do Corinthians era tão grande, mas tão grande quando o placar já sinalizava 5 a 0 e o árbitro marcava pênalti a favor, que pediu o goleiro Cássio para cobrar. Não foi ele o autor do sexto gol, mas esse foi o espírito da torcida na partida seguinte à conquista do hexa: golear o rival com time reserva de forma humilhante com a faixa no peito não tem preço. Sport, fora, e Avaí, em casa, fechando a campanha, serão os dois adversários a sentir o peso de uma equipe em que tudo deu certo no Brasileirão.


Fica difícil para o torcedor se motivar por disputa de vaga para a Libertadores depois de sofrer uma goleada dessas. O São Paulo até tem condições de terminar o Brasileirão no G-4 e disputar a competição mais desejada pelos clubes brasileiros. Pega Figueirense em casa, na próxima rodada, e enfrenta fora o Goiás na última. Dois times que brigam para não cair. Mas o que parece tranquilo pode se complicar, em especial pela desorganização tática, apatia e falta de empenho na derrota para o Corinthians. 

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #35 - São Paulo 4x2 Atlético/MG


O Atlético/MG aproveitou os espaços, fez dois gols, mas foi dominado na maior parte do tempo. Teve nove finalizações contra 17 do Tricolor. Jogo aberto: o duelo foi o único da rodada com 60 minutos de bola rolando (o mínimo recomendado pela Fifa) e menor número de faltas, 15. Pato já está em clima de despedida do São Paulo. Ele saiu de campo vaiado e pouco fez no jogo. E Alan Kardec entrou bem. 

O São Paulo lembrou os tempos de Osorio. E isso é uma boa notícia. O colombiano, inclusive, estava no Morumbi e acompanhou a vitória contra o Atlético/MG. Há esperanças para o torcedor tricolor. Inspirado pelo antigo chefe, Milton Cruz arrisca mais, mesmo que às vezes sem qualidade, o que é um problema. E sobram espaços para o adversário. Mas o saldo é bem positivo. O Tricolor tem de volta o lugar no G-4, a confiança e os gols de Alan Kardec. Por incrível que pareça, o time pode terminar o ano bem.


Valeu, Atlético/MG. Você foi até onde deu. Faltou a intensidade de outras tantas partidas, mas agora não há mais nada a perder. O Atlético/MG não suportou a pressão de ter que perseguir o Corinthians por tantas rodadas, e por isso se perdeu. Mais leve, por pouco não adiou a festa do Corinthians outra vez. Mas voltou a mostrar o mesmo desequilíbrio defensivo de jogos anteriores. Os três jogos restantes servirão para ver o que se pode aproveitar para o ano que vem, que certamente pode ser mais glorioso.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #34 - Cruzeiro 2x1 São Paulo


O jogo foi o menos faltoso da rodada. Foram 17: cinco para o Cruzeiro e 11 para o São Paulo. Se ainda há dúvidas sobre o substituto de Ceni, Denis está ajudando a saná-la. O goleiro fez quatro defesas difíceis, uma delas sensacional. Willian é símbolo do ressurgimento do Cruzeiro. Estava encostado, mas agora é decisivo a cada rodada. Teve quatro finalizações e um gol.

Pode sonhar com a Libertadores, torcedor do Cruzeiro. Pelo que seu time está jogando, merece a vaga no G-4. Mas a Raposa sofre pelo péssimo primeiro turno que teve. E a preocupação do time celeste deve ser manter o nível, encerrar bem a temporada e renascer em 2016. Por mais que a equipe jogue bem, com volume de jogo, poucos passes errados e criatividade, é improvável a ida ao torneio continental. Por mais que a tabela não seja tão dura: Sport (C), Palmeiras (F), Joinville (C) e Inter (F).


Alguém já conseguiu entender o São Paulo? Mais uma vez, o Tricolor decepciona após uma ótima atuação. Venceu bem o Sport na última rodada, mas foi dominado pelo Cruzeiro. Perder para a Raposa no Mineirão é aceitável, mas Denis evitou o pior. Quem vê a lentidão e a troca de passes sem objetividade da equipe não crê que o time ainda tem grandes chances de ir à Libertadores. Falta vibração e estabilidade à equipe, mas é difícil exigir isso para um clube que viveu tantas turbulências fora de campo.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #33 - São Paulo 3x0 Sport


Na comemoração do terceiro gol, Michel Bastos levou o dedo indicador à boca, pedindo silêncio à torcida, que o criticar num erro de passe. Segue a sina do Sport de nunca ter vencido o São Paulo fora de casa neste Brasileiro. Já são 16 partidas disputadas. E são 16 derrotas. Não foi só o ataque são-paulino que funcionou. De volta à zaga, Rodrigo Caio relembrou seus melhores momentos e deu mais segurança.

Quando Ganso entra ligado, já é meio caminho andado. Com Luis Fabiano e Pato também numa boa tarde, o São Paulo fez sua parte para tentar voltar ao G-4. O time de Doriva obteve com tranquilidade sua segunda vitória seguida, e em cima de um adversário direto. A briga continua, e vencer o Cruzeiro fora será essencial. Depois, terá pela frente só pedreira: os resultados contra o Atlético-MG e Corinthians podem deixá-lo também como o fiel da balança na luta dos dois pelo título. Vai precisar jogar mais. 


O Sport vinha de três triunfos seguidos na reação por uma vaga entre os quatro primeiros. Mas, conforme o próprio técnico Falcão reconheceu, entrou desligado demais no primeiro tempo e tomou dois gols. Depois, mesmo com mais vontade, ficou difícil reagir. Se quiser sonhar ainda neste Brasileiro, terá de mudar muito, principalmente no próximo compromisso, contra o Grêmio, mesmo atuando em casa. Cruzeiro e Atlético-PR parecem presas mais fáceis, mas o Sport vai precisar acordar.

Copa do Brasil 2015 - Semi Final - Santos 3x1 São Paulo


Como se enfrentasse um time de crianças, o Santos passeou na Vila Belmiro. Venceu o São Paulo com a maior facilidade por 3 a 1 e confirmou o que já se sabia, quando fez o mesmo placar no Morumbi: está na final da Copa do Brasil. O adversário será o Palmeiras, que eliminou o Fluminense nos pênaltis. O confronto dos dias 25 de novembro e 2 de dezembro repetirá a decisão do último Paulistão, que teve o Santos como campeão.

Em 23 minutos, o placar agregado apontava 6 a 1 para o Santos. Uma vantagem que talvez ainda seja pequena para retratar a diferença de intensidade, concentração, disposição e capacidade de decisão entre os dois times, sem falar na escalação suicida do São Paulo, com Michel Bastos, Ganso, Alexandre Pato, Alan Kardec, Luis Fabiano e nenhuma organização.

Em vez de optar pela acomodação da primeira vitória, a equipe treinada por Dorival Júnior pressionou desde o início no campo de ataque. Em 40 segundos, criou uma chance. Os gols, dois de Ricardo Oliveira e um de Marquinhos Gabriel, saíram sempre em saídas rápidas para o campo de ataque e finalizações precisas. Registre-se: houve falta de Lucas Lima em Ganso no início do lance que terminou num golaço de Marquinhos Gabriel.

Com seu erro escancarado, Doriva tirou Luis Fabiano, com cartão amarelo, e preencheu espaço no meio com Wesley. A única coisa a ganhar, àquela altura, era o mínimo de dignidade.

O São Paulo voltou para o segundo tempo com Denis no lugar de Rogério Ceni, que, logo no início, em dividida com Lucas Lima, chutou o chão e sentiu o tornozelo direito. O Santos voltou com a ordem de Dorival Júnior para não relaxar. 


A ordem não foi cumprida. Tanto que Michel Bastos diminuiu em chute de pé esquerdo, de longe, pouco depois de acertar a trave em lance idêntico. O jogo se encaminhou até a 14ª vitória consecutiva do Santos na Vila Belmiro: 100% de aproveitamento com Dorival.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Novo Presidente: Leco


O São Paulo tem um novo presidente até abril de 2017: Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Antes mandatário interino, ele confirmou o favoritismo na eleição, no Morumbi, e venceu Newton Luiz Ferreira, da oposição, com maioria de votos. Agora, ele substituirá Carlos Miguel Aidar, após a renúncia sob denúncias de corrupção. O novo vice-presidente geral do clube será Roberto Natel.

Participaram da eleição 193 conselheiros. Leco teve 138 votos, Newton do Chapéu teve 36 e 19 pessoas votaram em branco. No total, o Conselho Deliberativo do Tricolor tem 240 cadeiras, sendo 160 para membros vitalícios e 80 para temporários. 

A votação expressiva que tive (138 votos) e da qual me orgulho me dá a certeza de que esse é o caminho a ser percorrido. Essa é uma gestão de reconstrução. Os desafios do futuro nos animam. Não vamos ser coniventes com nada lesivo ao São Paulo. Todas as denúncias, absolutamente todas, serão apuradas no foro adequado – disse Leco, em discurso aplaudido.


– Reconstruir o São Paulo significa dar transparência à gestão. Fazer uma gestão austera. Vamos conhecer as pendências, negociar a dívida e recobrar a credibilidade do São Paulo. A credibilidade é algo fundamental para o São Paulo. Precisamos avançar, para inserir o clube no mercado que possa gerar patrocínios, em aspectos negociais e em tudo. Para o torcedor voltar a acreditar. Faz parte da nossa história. Nós nascemos grandes. Muitas pessoas nos consideram arrogantes, prepotentes. Temos toda a razão para nos envaidecermos, nossa história fala isso – completou o novo presidente do Tricolor.


Depois, em entrevista coletiva, Leco falou sobre os primeiros desafios como presidente.

– Acomodar internamente as situações de modo a que não se abram novas feridas e que nós tenhamos discernimento e elevação para tratar dos problemas do São Paulo, que não são pequenos. Somente administração séria, austera poderá enfrentar isso. Vou pegar o pior período, sei disso. Mas o que eu conseguir fazer até abril de 2017 será uma grande conquista – disse.

Com a vitória de Leco, Marcelo Abranches Pupo Barboza assume a presidência do Conselho Deliberativo do São Paulo.

Reconstruir o São Paulo significa dar transparência à gestão. Fazer uma gestão austera. Vamos conhecer as pendências, negociar a dívida e recobrar a credibilidade do São Paulo. A credibilidade é algo fundamental para o São Paulo. Precisamos avançar, para inserir o clube no mercado que possa gerar patrocínios, em aspectos negociais...

Leco, presidente do São Paulo

O pleito ficou sob ameaça de suspensãopor conta de uma liminar concedida no Fórum de Butantã, na segunda-feira. Sete conselheiros entraram com uma ação alegando prazo curto entre a renúncia de Aidar (dia 13) e a data da eleição (14 dias). O argumento convenceu a juíza Mônica de Cassia Thomaz Perez Reis Lobo.

Baseado no artigo 85 estatuto do São Paulo, o mesmo usado para conseguir a liminar, o clube entrou com um recurso no Tribunal de Justiça,derrubou a liminar e garantiu a realização da eleição. O pleito foi confirmado por volta das 18h30, uma hora antes da segunda chamada.

– Aqui, dentro do Conselho, faremos a reconstrução do São Paulo. A reconstrução significa pacificar o clube. Não cometi nenhuma irregularidade convocando a eleição para hoje. Fiz por uma razão: o São Paulo, esse gigante, não pode ser administrado provisoriamente. Ele exige uma administração forte – acrescentou o presidente, novamente aplaudido.


Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #32 - Coritiba 1x2 São Paulo


O Coritiba obrigou Rogério a fazer duas boas defesas, mas nada além disso. O Tricolor teve 60% de posse de bola e finalizou mais: 15 contra 10. Após início arrasador no Coritiba, com oito gols, Henrique passou mais um jogo em branco e foi expulso no segundo tempo. Boas notícias para a torcida tricolor: Pato volta a marcar no Brasileiro após seis rodadas, e Alan Kardec marca após quase sete meses.



Coritiba tem sorte. Completou cinco derrotas seguidas no Brasileiro e ainda está a apenas dois pontos de deixar o Z-4. Se não fosse por isso, já seria possível desejar feliz 2016 para o Coritiba. A equipe de Ney Franco merece estar na situação que está. Tem muitas falhas atrás, cede espaços, e tem poucos recursos na frente. A impressão que se tem é que o torcedor alviverde deve torcer mais pelos tropeços dos rivais, porque torcer pelo Coritiba não tem adiantado muito.




A primeira vitória de Doriva à frente do São Paulo mantém o ano do time vivo. A classificação na Copa do Brasil é mais que improvável, e a vaga no G-4 do Brasileirão ficaria em risco com um empate ou derrota contra o Coritiba. Mas o time mostrou os problemas de sempre com o novo técnico: a dupla Lucão e Luiz Eduardo não é segura, e o ataque desperdiça muitos gols. Para ir à Libertadores, a melhor opção ainda é manter a quinta posição, torcer pelo título do Santos na Copa do Brasil e ver o G-4 virar G-5.

A renúncia de Carlos Miguel Aidar


O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, enviou nesta terça-feira de manhã um e-mail para todos os funcionários do clube, no qual se despede do cargo. Na mensagem, Aidar lamenta o fato de não poder se despedir pessoalmente de cada um e pede que os funcionários "continuem trabalhando" pelo clube.

Confira a íntegra da despedida do presidente:

Prezados colaboradores,

Acreditando que estejam acompanhando o noticiário, informo que nesta data me desligarei da presidência do São Paulo F.C.

Impossibilitado, naturalmente, de agradecer pessoalmente a cada um de vocês, faço-o por meio desta mensagem, na expectativa que sigam seus trabalhos em prol do Clube que servimos.

Um forte abraço e muito obrigado.


Carlos Miguel

Novo Técnico: Doriva


Sem perder tempo e, assim, se manter firme na briga pelo título da Copa do Brasil e na caça do G-4 do Campeonato Brasileiro, o São Paulo agiu rápido e já tem o substituto do técnico Juan Carlos Osorio, que assumiu a Seleção do México. E o escolhido é um velho conhecido da torcida tricolor: Doriva. Campeão Mundial pelo clube em 1993, o ex-meio-campista - que estava no comando da Ponte Preta - agora terá o desafio de dirigir o time à beira do campo com contrato válido até dezembro de 2016.

"A chegada do Doriva traz uma esperança muito grande para o São Paulo conquistar seus objetivos a curto e longo prazo. É um treinador com identificação com o clube, de uma geração promissora e que tenho certeza que nos representará muito bem.

Doriva faz parte de uma nova safra de treinadores do futebol brasileiro. Ele iniciou a carreira em 2010, três anos depois de pendurar as chuteiras. E logo no seu primeiro clube teve uma grande conquista. No comando do Ituano, foi campeão paulista em 2014 ao passar pelo Corinthians na fase de grupos, eliminar o Palmeiras na semifinal e bater o Santos na decisão. A campanha do treinador rendeu uma oportunidade de trabalhar no Vasco, onde foi campeão carioca em 2015.

"Estou muito feliz por voltar a minha casa. Esse é o sentimento. Quero repetir aqui a mesma trajetória vencedora que tive como atleta. Teremos muito trabalho pela frente e uma grande oportunidade. Estou muito motivado para começar logo. Quero fazer história no São Paulo, assim como foi minha trajetória aqui como atleta", festejou Doriva.

As conquistas do Paulistão em 2014 e do Carioca em 2015 deram ao ex-atleta um feito inédito: primeiro treinador na história a conquistar de forma consecutiva os Estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ao sair do time cruzmaltino, Doriva acertou com o Atlético-PR antes de seguir para a Ponte Preta. No clube campineiro, o técnico comandava a reação da equipe no Brasileirão: saltou das últimas colocações para a zona intermediária da tabela com uma sequência de cinco jogos de invencibilidade, sendo quatro vitórias seguidas.

Dentro das quatro linhas, o ex-volante também construiu uma carreira vitoriosa. Revelado nas categorias de base do Tricolor, foi campeão do Brasileiro (1991), Mundial (1993), da Supercopa (1993) e da Recopa (1993 e 1994) pelo São Paulo. No período em que esteve no time são-paulino, disputou 90 jogos: 42 vitorias, 28 empates e 20 derrotas.


As exibições seguras como meio-campista renderam ao jogador os prêmios de Seleção do Brasileiro (1995 e 1996) e Bola de Prata (1997), da revista Placar, além da convocação para a disputa da Copa do Mundo de 1998, na França. No currículo, após deixar o Brasil, também triunfou no Porto-POR e esteve presente nas conquistas da Liga Portuguesa (1998), da Taça de Portugal (1998) e da Supertaça (1998), além de conquistar a Copa da Liga Inglesa pelo Middlesbrough.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Copa do Brasil 2015 - Semi Final - São Paulo 1x3 Santos


Com 40 segundos, acabou a luz. 22 minutos depois o jogo recomeçou. A garoa virou chuva, tempestade, dilúvio... Gabriel abriu o placar com o campo ainda seco. Pato empatou já com bastante água. O intervalo durou o tempo necessário para o gramado alagado voltar a ficar seco. No início do segundo tempo, num piscar de olhos do São Paulo, o Santos fez dois gols, decidiu a partida e, praticamente, o confronto da semifinal com a vitória por 3 a 1 no Morumbi.

Na semana que vem, o Tricolor terá de vencer por três gols de vantagem na Vila Belmiro, onde o Peixe tem 100% de aproveitamento em 13 jogos sob o comando de Dorival Júnior.

Dentro de todas as variáveis do jogo, pode-se resumir o resultado em: o São Paulo perdeu gols, o Santos não. Gabriel, Ricardo Oliveira e Marquinhos Gabriel botaram a bola pra dentro em todas as oportunidades que tiveram. Do outro lado, Ganso, Luis Fabiano e Alan Kardec desperdiçaram chances e mais chances. A crueldade do placar reflete o ano tricolor, cheio de trapalhadas dentro e fora de campo, e a enorme competência alvinegra em fazer gols. Vitória é gol.

Gabriel aproveitou vacilo defensivo, se projetou e recebeu belo passe de Daniel Guedes antes de tocar na saída de Rogério Ceni. O gol de empate foi belíssimo pelo domínio e finalização de Pato, nas costas de Daniel. A melhor chance do primeiro tempo caiu nos pés de Ganso, que dominou e, sem noção de espaço, chutou muito mal, cara a cara com Vanderlei.

No primeiro minuto da etapa final, Ricardo Oliveira fez mais um gol, o 34º na temporada, ao girar e bater rasteiro. A bola passou pela infinidade de pernas que estavam na área e morreu no gol. Logo depois, Lucas Lima cruzou e Marquinhos Gabriel cabeceou no cantinho de Rogério Ceni.


O festival de chances perdidas pelo Tricolor terminou com Kardec, completamente sozinho na área, cabeceando para fora, e teve o Santos como coadjuvante, tranquilo com a enorme vantagem, à espera do apito final. O Peixe poderá perder por dois gols de diferença, e ainda assim estará na decisão contra Palmeiras ou Fluminense, que jogarão na capital paulista com os cariocas em vantagem por terem vencido por 2 a 1 no Rio.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #31 - São Paulo 2x2 Vasco


A polêmica continua: muita reclamação do São Paulo no pênalti marcado após a bola bater no braço de Matheus, que ainda acabou expulso. E o Vasco ainda pediu pênalti de Luiz Eduardo, em toque de mão igualmente involuntário, porém mais acintoso. Faltou critério ao árbitro. Tarde de reencontros para o Vasco: do outro lado, o técnico Doriva, campeão carioca este ano, e o atacante Alan Kardec, revelado no clube.



Que jogo! E o São Paulo arrancou um empate com gosto de vitória. Ao abrir o placar, o Tricolor enganou seu torcedor. Parecia que golearia, mas parou. A disposição de Luis Fabiano não foi acompanhada por Rogério e Pato. Ganso mostrou a discrição que costuma irritar a torcida. Com um a menos e bagunçado, foi engolido na etapa final, acabou premiado pela incompetência do Vasco, que não fez e levou. A bagunça são-paulina, dentro e fora de campo, faz diminuir a chance de G-4.


Se não se abateu com um gol logo no início, em falha bisonha de Rodrigo, o Vasco sofreu duro golpe nos minutos finais. Foi muito mais time que o adversário e, de fato, merecia melhor sorte. O empate foi uma rasteira no Vasco, que perdeu uma chance atrás da outra nos vários contragolpes que teve e voltou à lanterna. Sob o comando de Jorginho, é uma equipe bem organizada, tem um maestro em Nenê. Não perde há oito jogos, mas a reação pode ter começado tarde. Nem a sorte está fazendo alguma graça.

sábado, 17 de outubro de 2015

Terceira Camisa 2015


A equipe tricolor terá uniformes especiais para o restante da temporada de 2015. Em homenagem ao 25º aniversário de Rogério Ceni como atleta do clube, São Paulo e Under Armour apresentaram as novas armaduras do time, que já têm data para estrear: contra o Vasco da Gama, no Morumbi. Antes da reapresentação do elenco no Centro de Treinamento da Barra Funda, os materiais esportivos foram apresentados.

O diretor de marketing do clube, Vinícius Pinotti, o diretor de marca de empresa, Adriano Serff, e o capitão são-paulino participaram da divulgação durante a coletiva de imprensa, que contou com um vídeo no telão: M1TO vs M1TO, 'Rogério Ceni goleiro' fica frente-a-frente com o 'Rogério Ceni artilheiro'. Na campanha, uma máquina repete fielmente os principais gols de falta do arqueiro por meio de um programa de computador. As cobranças foram selecionadas por torcedores via redes sociais do clube.

"Agradeço ao São Paulo e à Under Armour. A qualidade do material desenvolvido é ótima. As duas marcas crescem a cada ano. Me sinto honrado de representar, hoje, uma marca tão importante e o clube do meu coração. Achei linda as camisas, a de goleiro e a de linha. É um progresso para o São Paulo, que sempre teve as camisas listrada e branca. É importante, tem modernidade. É importante para a marca e para o torcedor, que pode comprar algo diferente. Traz benefícios. É um material de muita qualidade", afirmou o goleiro.

A "Armadura Especial #PraSempreM1TO", uniforme concebido exclusivamente para o camisa 01, é predominantemente na cor grafite, com uma faixa vertical no centro em bordô e dourado, mesma combinação que aparece nas barras das mangas. Já a versão criada para os jogadores de linha é na cor bordô, com os mesmos detalhes. As faixas que não possuem necessariamente início e fim, representam a relação "sem fim" que o M1TO tem e terá com o Tricolor.

Tanto a camisa de Ceni como dos jogadores de linha têm gola V, sendo que a do M1TO traz um selo comemorativo com a inscrição "25 anos do Mito". Além disso, em ambos os modelos, o escudo do São Paulo aparece com um visual diferente, com um tom dourado. O logo da Under Armour também terá a mesma cor.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #30 - Fluminense 2x0 São Paulo



Foi uma ducha de água em temperatura polar. Se já não éramos favoritos a chegar na final da Copa do Brasil ou ao quarto lugar no Brasileirão, depois deste jogo que marcou a volta do SPFC ao futebol depois da renúncia de seu presidente, somos zebras a qualquer coisa nos dois campeonatos que participamos.

O São Paulo fez uma partida medonha do começo ao fim no Rio de Janeiro. Surpreendeu pela má jornada de todos os seus atletas dentro de campo, mesmo com Doriva utilizando um sistema de jogo muito parecido com o do seu antecessor e com quase todos os atletas a sua disposição.

O novo técnico não mudou a formação com três atacantes, sendo Pato do lado direito, Rogéro no lado esquerdo e Luis Fabiano no comando de ataque. Os três seriam municiados por Ganso com auxílio de Thiago Mendes e os laterais. Hudson ficou responsável pela proteção na zaga.

O São Paulo, mesmo com a posse de bola, em nenhum momento mostrou futebol para vencer o jogo. Só resolveu jogar um pouco de bola depois do segundo tento contra, quando a vaca já tinha ido para o brejo. Até olé teve no Maracanã, responsabilidade quase total dos atletas que nesta noite de quarta-feira mostraram que não podem mesmo contar com a confiança de sua torcida. Nenhum justificou vestir a camisa mais vencedora do país.

O adversário, que jogou no contra-ataque em seus próprios domínios, não precisou forçar muito para sacramentar a vitória. Contou com a sorte de ter se livrado do engôdo Ronaldinho Gaúcho e sorte por contar com um São Paulo absolutamente apático e sem inspiração. E como o Fred gosta de fazer gol na gente, não?

Falar que a derrota foi influenciada pela crise é abusar da inteligência dos entendidos de futebol. Se fosse simples assim, não estaríamos na privilegiada posição que estamos na tabela. Perdemos porque o time jogou mal e os atletas foram espaçados, frouxos e absolutamente previsíveis. Enfim, medíocres. 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Obrigado Osório


Juan Carlos Osorio se despediu do São Paulo, na reapresentação do elenco no CT da Barra Funda. Em breve pronunciamento à imprensa, ele agradeceu funcionários, jogadores, comissão técnica e ressaltou o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, demitido após agredir o presidente Carlos Miguel Aidar, que não teve seu nome citado pelo colombiano. O auxiliar Milton Cruz foi outro profissional elogiado por Osorio, que vai assumir o comando técnico da seleção mexicana.

– Agradeço à comissão técnica e o pessoal do apoio, roupeiros, massagistas e cortador de grama. Também o doutor Ataíde, pelo apoio incondicional, do início ao fim em nossa gestão, e também para Milton Cruz, por sua amizade verdadeira dentro e fora do campo. Um homem do futebol e para o futebol. Agradeço os nossos atletas pelo seu profissionalismo e credibilidade no nosso trabalho, confiança e aceitação à novas ideias de treinamento. Minha esposa e filhos pelo suporte incondicional. E também agradeço aos que são parte do São Paulo e esqueci de mencionar por sua contribuição. Ofereço desculpas àqueles ligados ao São Paulo por ter adiado a minha decisão e aos que ofendi com alguma opinião. A partir de agora, inicio a busca com o México de uma vaga no próximo Mundial – disse Osorio.

O "esquecimento" ao presidente Aidar é proposital. No fim de sua passagem de quatro meses no São Paulo, Osorio não dirigia mais a palavra ao presidente. Ele, inclusive, aconselhou Ataíde a tentar virar mandatário do clube e romper relações com Aidar. O colombiano não gostou de saber nos bastidores que parte da direção tentava depreciar a credibilidade de Milton Cruz, companheiro inseparável desde o início do trabalho.

No pronunciamento, Osorio agradeceu a oportunidade de trabalhar no clube e a confiança dos jogadores, além de desejar sorte na reta final de 2015. O Tricolor terá pela frente nove rodadas do Brasileirão e as semifinais da Copa do Brasil, contra o Santos. Antes do pronunciamento de Osorio para a imprensa, o colombiano reuniu o elenco para conversar com os jogadores, na qual Rogério Ceni pediu a palavra. Em quatro meses de São Paulo, Osorio teve 28 jogos, 12 vitórias, sete empates e nove derrotas, com 51,1% de aproveitamento.

Confira abaixo a íntegra do pronunciamento de Osorio:

Estou aqui para falar da minha saída. Precisávamos desse encontro. Espero que me entendam. Não quero uma coletiva, e sim um comunicado. Por respeito a vocês, é o jeito mais apropriado para partir. Tomei essa decisão muito difícil, entre continuar em um grande clube e assumir uma seleção nacional de muito prestígio. Fiz o possível para seguir aqui até o fim do ano, mas não foi possível. Tenho minha consciência tranquila de que dei o melhor para o clube e que deixo a equipe em boas condições nas disputas da Copa do Brasil e Brasileirão. Lamento por não estar para ver o progresso dos jovens: Lyanco, Matheus Reis, Murilo... também lamento não poder estar para disputar as finais dos campeonatos.

Fiz o possível para seguir aqui até o fim do ano, mas não foi possível. Tenho minha consciência tranquila de que dei o melhor e que deixo a equipe em boas condições na Copa do Brasil e no Brasileirão.

Osorio, ex-técnico do São Paulo

Agradecimentos: primeiramente ao Brasil e seu povo, por nos acolher e permitir conhecer sua cultura e futebol, ao São Paulo, por acreditar em um grupo de colombianos que poderia contribuir com o futebol brasileiro, aos funcionários do clube, especialmente os que convivem todos os dias no CT, à nossa torcida, que sempre nos deu muita força e todos os dias demonstra muito carinho nas ruas, aos meios de comunicação, vocês jornalistas, pelas críticas com conhecimento, pois as valorizo, especialmente por aceitar as ideias diferentes que admiro profundamente. 


Agradeço à comissão técnica e o pessoal do apoio, roupeiros, massagistas e cortador de grama. Também o doutor Ataíde, pelo apoio incondicional, do início ao fim em nossa gestão, e também para Milton Cruz, por sua amizade verdadeira dentro e fora do campo. Um homem do futebol e para o futebol. Agradeço os nossos atletas pelo seu profissionalismo e credibilidade no nosso trabalho, confiança e aceitação à novas ideias de treinamento. Minha esposa e filhos pelo suporte incondicional. E também agradeço aos que são parte do São Paulo e esqueci de mencionar por sua contribuição. Ofereço desculpas àqueles ligados ao São Paulo por ter adiado a minha decisão e aos que ofendi com alguma opinião. A partir de agora, inicio a busca com o México de uma vaga no próximo Mundial. Muito obrigado!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #29 - São Paulo 1x0 Atlético/PR


Erro: aos 12 minutos, Rogério fez um gol após aproveitar rebote de chute de Pato, mas o bandeira anulou de forma equivocada. O Atlético/PR teve três jogadores suspensos pelo 3º cartão amarelo para pegar o Cruzeiro: Eduardo, Hernani e Marcos Guilherme. Juan Carlos Osorio não comemorou o gol da vitória, marcado por Rogério. O técnico são-paulino ficou em silêncio e parado.

A confirmação da saída de Juan Carlos Osorio do São Paulo ficou para quarta-feira. Se foi despedida, pode-se dizer que cumpriu bem a missão, deixando o Tricolor forte na briga pelo G-4, em 5º, com 46 pontos, e uma certa saudade pelas inovações. A equipe mereceu o triunfo e dá sinais de que tem chances de ficar com uma das vagas, mas esbarra na dificuldade que o técnico encontrou: a irregularidade dos bons jogadores. Quem assumir vai ter um tempo para ajustes.


Queda livre. Tem sido assim a vida do Atlético/PR neste Brasileirão. A quinta derrota seguida aumentou o jejum de triunfos para sete partidas. Nem a volta do ataque eficiente Nikão-Walter resolveu a falta de agressividade. Com 38 pontos ganhos, em 11º, começa a se aproximar um pouco do grupo de baixo. Cristóvão Borges, anunciado como novo técnico, terá de trabalhar duro no recesso do Brasileiro. Em casa, contra Cruzeiro e Corinthians, o Atlético/PR terá de ser outro.

sábado, 3 de outubro de 2015

Copa do Brasil 2015 - Quartas de Final - Vasco 1x1 São Paulo


Protocolar, burocrático, quase uma tortura nas retinas de quem gosta de futebol. Esse foi o empate entre Vasco e São Paulo no Maracanã. Respaldado pela goleada no primeiro jogo, o São Paulo só cumpriu o seu dever e está na semifinal da Copa do Brasil.


Vamos confessar: já esperávamos um jogo assim. O São Paulo há tempos é mestre em não jogar bola quando não é necessário. Pelo menos era esperado pouco futebol, ainda mais depois da escalação esquisita promovida por Juan Carlos Osorio. O time poupou futebol no primeiro tempo, correu riscos, mas com Ganso em campo na segunda etapa, fez o mínimo necessário e protocolou a classificação.


Mas deu certo ódio de assistir, principalmente em dia que vemos o que fazem os europeus numa Champions League. É duro ver as disputas das tardes de Champions e terminar o dia assistindo um jogo como esse no Maracanã. É o retrato do futebol do São Paulo e de certa forma de todo o futebol praticado atualmente por aqui.



Mas no final o objetivo foi alcançado. O clube pega o Santos para ver quem chega a tão sonhada final. E a gente torce para não ter pesadelos depois de um jogo tão feio como esse no Rio. 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #28 - São Paulo 1x1 Palmeiras


O São Paulo vencia até os 47 do segundo tempo, quando Rogério Ceni saiu jogando mal com os pés, lançou nos pés de Robinho e foi encoberto. O lance lembrou outro golaço de cobertura de Robinho em Ceni, em março, do meio-campo, pelo Paulistão, em vitória de 3 a 0 do Palmeiras. O São Paulo trocou o quarto pelo sexto lugar com o gol sofrido no fim. Teve mais posse (52%) e mais finalizações (12 a 9) no clássico.

Não se jogam dois pontos fora desse jeito em uma batalha tão complicada. O São Paulo, longe de ser brilhante, se sobressaía contra o Palmeiras. Merecia a vitória. E aí Rogério Ceni falhou: ao dar a bola nos pés de Robinho, também deu ao rival a permanência no G-4. Uma análise racional indicaria que o Tricolor deve engolir a dor e seguir em frente, pois tem todas as condições de ir à Libertadores. Mas em um clube com tanto conflito interno, pedir racionalidade não é tão simples.


O Brasileirão dá toda a pinta de que decidirá em detalhes sua última vaga na Libertadores. E o Palmeiras pode ter recebido de Rogério Ceni o detalhe a seu favor. Caiu do céu o empate, e os jogadores, não por acaso, comemoraram como se fosse vitória. Mas a alegria não deve eclipsar a atuação tímida do time alviverde. Claro, era clássico, contra um time forte e na casa dele, mas o Palmeiras pode se impor mais. E, com tanta gente na briga por G-4, essa imposição será necessária.

sábado, 26 de setembro de 2015

Copa do Brasil 2015 - Quartas de Final - São Paulo 3x0 Vasco




Se na Séria A ainda patina dentro e fora do G-4, na Copa do Brasil o São Paulo não deu qualquer brecha ao adversário. Com dois gols de Alexandre Pato e outro de Luis Fabiano, o Tricolor venceu por 3 a 0 o Vasco, no Morumbi, e, diante de 23.326 torcedores, abriu importante vantagem no jogo de ida das quartas de final e mantém firme na busca do título inédito.  Já a equipe cruz-maltina, que já vive um drama para escapar do rebaixamento no Brasileiro, encontrou mais um obstáculo a ser superado na temporada.

Para se classificar, o Vasco terá de vencer por quatro ou mais gols de diferença. Se fizer 3 a 0, leva a decisão para os pênaltis. Já o São Paulo avança à semifinal mesmo se perder por dois gols. Antes, as duas equipes voltam a campo pelo Brasileiro com clássicos regionais. O Tricolor recebe o Palmeiras no Morumbi, e os cruz-maltinos enfrentam o Flamengo no Maracanã.


A partida começou com um certo equilíbrio. Mas o Vasco cometeu o pecado de recuar a marcação e esperar o São Paulo em seu campo. Assim, Alexandre Pato teve espaço para buscar a bola na intermediária, dominar e acertar um belo chute, abrindo o placar aos 26 minutos. Foi o gol 3.000 mil do Tricolor no Morumbi. Sem forçar muito mais, o time da casa conseguiu ampliar aos 36 minutos, depois que Paulo Henrique Ganso encontrou Luis Fabiano em boa posição na área. Ele dividiu com Martín Silva e a bola sobrou para Pato ajeitar e fazer o segundo do São Paulo. Na segunda etapa o Vasco buscou o ataque e teve mais a posse de bola, mas não foi efetivo. Ao contrário de Luis Fabiano, que depois de perder uma chance incrível aos cinco minutos, cumpriu seu papel aos 30, marcando de cabeça o terceiro. Pouco depois o Fabuloso precisou deixar o campo após bater com as costelas no chão, indo diretamente para o hospital. Isso deixou o São Paulo com um a menos nos últimos 10 minutos, mas a equipe conseguiu se manter firme e confirmar a vitória com tranquilidade.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #27 - Avaí 2x1 São Paulo


Marquinhos mostrou ser fundamental no Avaí: recuperado de problema no joelho, cobrou falta com maestria e iniciou jogada do 2º gol. Com dez desfalques, incluindo Rogério Ceni e Luis Fabiano, o São Paulo começou o jogo com sete atletas da base entre os titulares. A entrada de Anderson Lopes foi decisiva para o Avaí. Deu mais força ofensiva e, com finalização de canhota, fez o gol da vitória.

Não deixou de ser surpreendente a terceira vitória seguida do Avaí, ainda que tenha sido na Ressacada, ainda que o time já tivesse mostrado evolução. O adversário era um dos que brigam no G-4. Mas o técnico Gilson Kleina tocou na ferida certa: o Avaí recuperou a autoestima e a confiança. Agora com 32 pontos, ocupa o 15º lugar e dá sinais de que pode, efetivamente, brigar contra o rebaixamento. E se no próximo confronto aprontar contra o Grêmio em Porto Alegre, ganha moral para voltar a ser perigoso. 


O São Paulo tem até a desculpa do mistão em campo. Mas é sempre assim. Vai bem numa rodada, razoável noutra... O São Paulo persiste na briga pelo G-4 e para emplacar no Brasileirão. Com a derrota, cedeu o quarto lugar ao Palmeiras e aparece em quinto, com 42 pontos, na esperança de acabar com a montanha-russa que se tornou sua campanha. O torcedor quer que o time de Osorio seja o da vitória sobre o Grêmio. Principalmente quando pode recuperar a posição diante do próprio Palmeiras.

domingo, 20 de setembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #26 - São Paulo 0x0 Chapecoense


O São Paulo teve 54% de posse de bola e finalizou apenas seis vezes. Danilo fez uma única defesa difícil. O São Paulo não vence duas partidas seguidas no Brasileiro há 13 rodadas. A última sequência foi nas 12 e 13, quando bateu Vasco e Coritiba. A Chapecoense ainda não venceu no segundo turno. Tem três empates e quatro derrotas. O Fluminense também não venceu no returno.

O rodízio no São Paulo não é apenas de jogadores. É de rendimento. Após uma grande atuação na vitória contra o Grêmio, teve uma noite para se esquecer contra a Chapecoense. Um time sem velocidade, sem criatividade, muito previsível, que não rende quando Pato vai mal. Por mais que a torcida não reconheça, Ganso faz falta ao time. A sorte do Tricolor é que seus adversários na luta pelo G-4 também tropeçam, e o time de Osorio consegue se manter bem na briga. Mas para permanecer lá é melhor ter mais regularidade, e não apenas torcer pela queda dos rivais.

A Chapecoense iniciou sua nova fase com um grande resultado. Tudo bem que tenha completado o sétimo jogo sem vencer no Brasileirão, mas um empate fora de casa com o São Paulo vale muito. Em sua estreia, Guto Ferreira armou o time para aproveitar os contragolpes e deixou o Tricolor com poucas alternativas. A disciplina tática mostrada no Morumbi anima para a sequência, que tem rivais diretos: Cruzeiro e Sport. Uma boa notícia talvez seja o retorno de William Barbio, resgatado pelo novo comandante da Chapecoense, e que pode ser uma arma para os contra-ataques da equipe.


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #25 - Grêmio 1x2 São Paulo


Alexandre Pato, gremista de infância, mas formado no Inter, abriu o placar com belo gol. Rogério ampliou, e Everton descontou. Foi a primeira derrota do Grêmio na Arena no Brasileirão. O time gaúcho era o único invicto em casa na competição. O São Paulo nem parecia estar casa gremista: teve mais posse (51% a 49%) e mais finalizações (15 a 12).

Desde que o Grêmio deixou de ser candidato ao rebaixamento e, salvo por Roger, se tornou até candidato ao título, este é o momento que mais pede cuidado. A primeira derrota na Arena no Brasileirão antecede dois jogos complicados fora, contra Atlético-PR e Palmeiras, e o Grêmio precisará somar pontos. A caminhada da equipe no campeonato dá segurança . A maior força do Grêmio é sua estabilidade, e ela, mais do que nunca, será necessária agora.


Levando-se em conta a força do adversário, o local do jogo, a situação na tabela e a pancada que levou na rodada anterior, a vitória sobre o Grêmio na Arena foi o resultado mais expressivo do São Paulo em todo o Brasileirão. O time de Osorio teve volume de jogo, bom posicionamento defensivo e eficiência no contra-ataque. Foi uma atuação de time que vai brigar forte por vaga na Libertadores, o extremo oposto daquilo apresentado nos 3 a 0 que levou do Santos.

sábado, 12 de setembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #24 - Santos 3x0 São Paulo


O São Paulo não vence na Vila Belmiro desde 2009. Nas últimas nove partidas no estádio, foram seis vitórias do Santos e três empates. Vaiados: Ganso era hostilizado pela torcida do Santos quando pegava na bola, e Reinaldo por sua própria torcida, após falha no segundo gol. Enquanto o Santos tinha 12 jogadores no banco, o São Paulo tinha apenas sete. Osorio sofre com os vários desfalques para montar o Tricolor.

A fase do Santos está tão boa que o time sente pouca falta de Lucas Lima, que estava com a Seleção. Renato e Rafael Longuine se encarregaram de deixar o trabalho no meio-campo mais simples e fácil. Criaram espaços e dominaram o São Paulo, que segue sendo o adversário a ser batido na luta pelo G-4. No entanto, o Santos é o time mais equilibrado na briga pela quarta vaga entre os melhores. Marca em cima, tem criatividade, velocidade e efetividade. E um artilheiro em grande fase. Se quiser apostar em uma equipe para se juntar a Corinthians, Atlético-MG e Grêmio, aposte no Santos.


O São Paulo abusa da irregularidade. Sem conseguir duas vitórias seguidas no Brasileiro há 11 rodadas, viu o Flamengo alcançar os mesmos 38 pontos, mas pegar o lugar no G-4 por ter um triunfo a mais. Osorio sofre com os desfalques, mas seu time poderia ter rendido mais contra o Santos. Teve pouca criatividade. O técnico poupou Michel Bastos, mas o meia mostrou, na segunda etapa, que não deveria ter ficado fora desde o início em um confronto direto. Se a defesa foi trunfo nos últimos quatro jogos, quando não sofreu gols, agora passou a ser problema. Cederam vários espaços, algo que não deve se repetir no complicado duelo com o Grêmio.