A classificação, esperada desde o sorteio da Libertadores
2016, só foi sacramentada de verdade aos 42 minutos do segundo tempo. Mesmo
assim, o torcedor Tricolor, apesar de ter vivido mil e um sentimentos, saiu do
Pacaembu com a sensação de dever cumprido. A meta foi alcançada.
Antes de mais nada, o São Paulo jogou bem. Com seu meio campo bem marcado pelo
adversário, uma surpresa, pois o Cesar Vallejo não marcou ninguém no jogo de
ida, o Tricolor buscou atacar sem desguarnecer seu sistema defensivo. Os
peruanos apostavam em uma bola aérea e até tiveram bastante chance em diversas
bolas paradas, muitas delas fruto de faltas bobas pelos lados do campo. Mas a
defesa se manteve segura durante todo o tempo, como mandam os princípios do seu
técnico.
Só achei que a equipe, percebendo a dificuldade, deveria ter
jogado mais bolas para o Calleri. O argentino mostrou que tem "alma de
Libertadores": meteu um carrinho na trave, segurou a bola no finzinho e
mostrou muita disposição em todas as jogadas, desde o início do jogo até o
apito final. Contagiante. O mesmo também vale para Mena, que mesmo não sendo um
primor também mostra-se como uma boa opção na esquerda. Importantes aquisições
para este tipo de torneio.
Outra boa notícia foi que a torcida do Pacaembu jogou junto com o time o tempo
todo. Percebeu a dificuldade e mesmo assim apoiou, mesmo com o pênalti perdido
e o meio travado. Esse é o espírito da Libertadores: luta, entrega e disposição
o tempo todo.
A classificação poderia ter vindo mais fácil, mas foi totalmente justa. O São
Paulo foi mais time nos dois jogos. Agora é hora de comemorar e também se
preparar muito para evoluir com o andamento da competição. O time tem tudo para
fazer uma boa primeira fase mas tem que trabalhar muito: a treta de verdade
começa na semana que vem com o The Strongest. Alguém duvida que os bolivianos
virão fechados, igualzinho o Cesar Vallejo?

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