Mais uma vez não houve bom futebol no Pacaembu. Mesmo assim,
com um gol do Rodrigo Caio, o São Paulo passou pelo Rio Claro de Alex Silva,
pelo Paulista 2016.
O jogo foi marcado por um protesto pacífico feito pela torcida Independente e
também pela reestréia de Lugano com a camisa Tricolor. Bauza sacou Michel
Bastos e colocou Carlinhos para atuar pela esquerda da equipe. De resto, com
exceção de Lugano, foi praticamente o mesmo time dos últimos jogos. Até Hudson,
que saiu no intervalo do jogo de quarta-feira acusando uma lesão, jogou
normalmente.
Novamente vimos uma equipe desconectada em campo. Apesar de tomar as ações do
jogo durante praticamente todos os noventa minutos, ainda há um buraco entre o
meio-campo e o ataque. Carlinhos, Caleri e Centurión na maior parte das vezes
ficam de costas para o gol, esperando o avanço do meio que poucas vezes acionou
de forma eficiente o ataque. Falta movimentação coletiva para envolver as
defesas adversárias. O Rio Claro é fraquinho e, salvo as bolas paradas na área,
praticamente não ofereceu perigo. Se fosse uma equipe mais qualificada seria
mais um jogo perigoso para o Tricolor. Bauza tem obrigação de melhorar essa
fluência de jogo.
Além do coletivo ainda pouco sintonizado, é notório que
algumas peças não estão rendendo há algum tempo. Mais uma vez Centurión não
justificou a presença na direita e Thiago Mendes, que foi um monstro no ano
passado, mais uma vez se mostrou tímido naquilo que melhor fez em 2015: apoiar
o meio campo, sobretudo ajudar o tão bem marcado e pouco móvel Ganso.
De positivo temos que louvar a estréia segura de Lugano, bem amparado pelo
sistema defensivo e as boas partidas de Rodrigo Caio e Hudson. O uruguaio
parece que se preparou bem nos últimos dias. Sua experiência será de grande
valia.
É fato que o Rio Claro foi um adversário que pouco ameaçou o São Paulo, mas o
importante era vencer para dar um pouco de tranquilidade e sequência ao
trabalho. Será preciso muito mais suor e dedicação para que esse time seja
visto com olhos de esperança pelo torcedor. Ainda há muito trabalho pela
frente.

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