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domingo, 27 de dezembro de 2015

Novo Técnico: Edgardo Bauza


O São Paulo anunciou a contratação de Edgardo Bauza para comandar a equipe até o fim de 2016. O técnico argentino, que havia comunicado que não continuaria no San Lorenzo, será o responsável por conseguir já no início do ano a classificação do Tricolor para a segunda fase da Taça Libertadores. O adversário da etapa inicial, em dois jogos de mata-mata, será conhecido no sorteio da competição, na próxima terça-feira, em Assunção.

– Estou muito contente por poder chegar a um clube de tanta história e tão grande como o São Paulo. Uma saudação especial para toda a torcida. Esperamos que possamos ao longo desse ano futebolístico voltar a colocar o São Paulo onde sempre tem de estar: em cima e  buscando títulos. Um abraço – disse Bauza, em vídeo divulgado pelo São Paulo.

– Estou muito feliz por poder contratar um treinador vencedor, bicampeão da Libertadores, que é o torneio que o nosso torcedor mais gosta de disputar – afirmou o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, ao site do clube.

Bauza, de 57 anos, chegará com um contrato sem multa rescisória, e substituirá Doriva, contratado dias antes da renúncia do ex-presidente Carlos Miguel Aidar e demitido pela atual gestão, que optou pelo interino Milton Cruz na reta final do Campeonato Brasileiro. A quarta colocação deu direito a participar da Libertadores.

A negociação com Edgardo Bauza foi amplamente sigilosa. Antes de definir quem treinaria a equipe, a diretoria pensou em Cuca e Paulo Autuori, conversou com o uruguaio Diego Aguirre e sondou a possibilidade de contratar o argentino Jorge Sampaoli, da seleção chilena.

O colombiano Juan Carlos Osorio, que dirigiu a equipe entre os meses de maio e setembro, serviu como modelo na procura tricolor. Absolutamente fã do treinador, que saiu por conta de uma proposta da seleção mexicana e de desavenças com Aidar, a cúpula do São Paulo pretende manter moldes de trabalho implantados por ele. 


Bauza tem um currículo vitorioso em competições internacionais. Pela LDU, do Equador, ele venceu a Libertadores de 2008 e a Recopa de 2010. Em 2014, voltou a conquistar o principal torneio da América do Sul, agora pelo San Lorenzo. 

domingo, 13 de dezembro de 2015

Pra Sempre M1TO


Foram 1.237 jogos, 131 gols, muitos títulos e glórias, recordes incontáveis... Sobram números na histórica carreira de Rogério Ceni. Faltam palavras ao são-paulino para definir o sentimento. Tão natural quanto o tricolor do uniforme era ter o Mito no gol. Foi assim por 25 anos. Não será mais. O ídolo pendurou as luvas para virar lenda eterna viva do futebol mundial.

O ponto final nos gramados veio em noite mágica no Morumbi lotado. Com rock, reverência da torcida e uma constelação de ídolos, Rogério Ceni e o São Paulo reuniram os campeões mundiais de 1992, 1993 e 2005 para um jogo histórico. O resultado, mero detalhe, apontou vitória da equipe do tri por 5 a 3 sobre o combinado dos bicampeões do início da década de 90.

Um a um, os ídolos foram anunciados e ovacionados pela torcida. Muricy Ramalho, Diego Lugano, Raí e o próprio Mito foram os mais festejados. Telê Santana, representado pelo filho Renê Santana, também foi muito lembrado pelos tricolores. Não faltaram gritos de "volta, Lugano" para o zagueiro do Cerro Porteño, nome analisado pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, para 2016.

Antes de a bola rolar, Raí, Ronaldão e o próprio Ceni, capitães dos três títulos mundiais, receberam as respectivas taças de 92, 93 e 2005. Elas foram entregues pelo ex-presidente José Mesquita Pimenta, por Rochelle Siqueira Portugal Gouvêa, viúva do ex-presidente Marcelo Portugal Gouvêa, e Angelina Juvêncio, viúva de Juvenal Juvêncio, que morreu na quarta-feira.

Uma parte da torcida chegou a vaiar Danilo, meia do Corinthians, convidado para o time de 2005, mas que recusou por atuar no rival.

As bandeiras de mastro e os sinalizadores, proibidos em jogos comuns no estado de São Paulo, terminaram por compor o cenário de festa no Morumbi lotado.

Zetti, Cafu, Raí, Muller e companhia tiveram dificuldade para segurar o ímpeto do time tri mundial, obviamente mais jovem e condicionado fisicamente. Amoroso e Aloísio rapidamente abriram 2 a 0. Só então o jogo foi interrompido para se respeitar um minuto de silêncio pela morte do ex-presidente Juvenal Juvêncio.

Paralelamente ao jogo, a torcida ovacionava Lugano a cada toque na bola. O uruguaio e Muricy Ramalho foram os nomes mais gritados.

Cafu, com disposição de sobra, descontou para o time 92/93. Então, Ceni protagonizou um dos pontos altos da noite: foi substituído por Bosco no gol, e retornou com a camisa 01 na linha, expectativa de muitos são-paulinos durante a carreira do Mito. Nos treinos no CT da Barra Funda, ele atuou dessa maneira diversas vezes. Antes de reiniciar o jogo, o ídolo cedeu a faixa de capitão a Lugano, para delírio dos são-paulinos.

Quando a bola voltou a rolar, Josué e Thiago Ribeiro ampliaram para o time de 2005. Zetti, incentivado pelos são-paulinos, descontou de pênalti para os bicampeões. Justamente quando Zetti agradecia os gritos da torcida em gesto de reverencia, de costas para a partida, Ceni reiniciou o jogo com finalização do meio de campo. A bola pingou e por muito pouco não entrou. Assim como Pelé, o ídolo ficou no quase em lance parecido.

Ceni recebeu homenagens no intervalo: uma placa do diretor de marketing da CBF, Gilberto Ratto, vaiado por parte dos são-paulinos, e outras homenagens, também da FPF. Um dos momentos de emoção para o goleiro foi quando a banda Ira o chamou ao palco para cantar. Ele ajudou a tocar a música “Envelheço na cidade” e depois ouviu do vocalista Nasi:
– Você vai ser técnico desse time, voltará para cá, e vamos ser campeões de novo, Rogério.

Depois de a bola voltar a rolar, Cafu, de pé esquerdo, fez mais um para os bicampeões mundiais. O esperado gol de Ceni veio de pênalti, como outros 69 da carreira, e encerrou o placar em 5 a 3 para os campeões de 2005.


O apito final foi precedido de uma contagem regressiva de 10 segundos e a história do Mito foi encerrada nos gramados para sempre. “Todos têm goleiro, só nós temos Rogério: goleiro matador!”, foi o grito que ecoou no Morumbi, antes de o hino do clube ser cantado com todos os campeões mundiais em um círculo no gramado.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Campeonato Brasileiro 2015 - Rodada #38 - Goiás 0x1 São Paulo


O Goiás parecia não saber que tinha chances de permanência. Teve seis finalizações no jogo, mas nenhuma chance real de gol. Thiago Mendes fez mais uma boa atuação pelo São Paulo e encerra o ano como um dos destaques da equipe. Promete para 2016. De nada adiantou o apoio da torcida. O Serra Dourada teve 34.284 pagantes, maior público do Goiás no Brasileirão, mas o time foi rebaixado.

Mesmo se vencesse, se goleasse, se tivesse uma de suas melhores atuações na história, o Goiás não mereceria ficar na Série A. O clube deu vários sinais ao longo da temporada de que a Série B seria seu destino, desde os desentendimentos entre diretoria e elenco até a limitação técnica da equipe. Contra o São Paulo, sequer parecia jogo decisivo. O time foi apático. Agora a missão é dura: fazer uma ampla reformulação no clube, mas ao mesmo tempo não se perder para tentar retornar à elite.


Tudo bem, torcedor do São Paulo: pode celebrar a vaga na Libertadores. Mas tenha noção de que ela só veio com a incompetência dos rivais. O Tricolor se esforçou para não terminar no G-4. Sofreu com crises políticas e a inconsistência do time. O ano acaba em campo, e a diretoria deve agir. A próxima temporada começará sem Pato, Rogério, Luis Fabiano, e o clube ainda está sem treinador definido. Terá que se movimentar, mesmo com limitações financeiras, para não fazer feio na Libertadores.