O São Paulo escalou Michel Bastos, Ganso, Pato e Luis
Fabiano. E perdeu para o lanterna da Série B. O futebol contemporâneo de Juan
Carlos Osorio parou na tática mais antiga, única a qual o Ceará poderia
recorrer: todo mundo atrás e chances em bolas paradas. Rafael Costa, primeiro
em vacilo da zaga, e depois em pênalti sofrido por Fabinho, fez os gols da
vitória por 2 a 1, que deixa a equipe do Nordeste a um empate da classificação
às quartas de final da Copa do Brasil. O São Paulo, que descontou com Alexandre
Pato, precisará vencer por dois gols de diferença, ou devolver o placar de 2 a
1 para levar a decisão da vaga à disputa de pênaltis.
Guilherme Andrade bateu escanteio, Wellington Carvalho
desviou e Rafael Costa, livre e em condição, graças a Reinaldo, abriu o placar.
O São Paulo adotou uma tática difícil de se entender contra um time tão
inferior tecnicamente. Encontrar um jogador aberto, Carlinhos na esquerda e
Pato na direita, para levantar a bola na área. Não deu certo.
Luis Carlos, goleiro do Ceará, fez boas defesas em chutes de
Thiago Mendes e Michel Bastos. Houve ainda dois lances em que a tal
interpretação da arbitragem irritou são-paulinos. A bola bateu no braço de
Fabinho e UIllian Correia dentro da área, mas o árbitro Dewson Fernandes
Freitas da Silva ignorou os pedidos de pênalti nos dois lances.
No intervalo, Wilder substituiu Luis Fabiano, que saiu com dores no joelho em lance que
ninguém sabe, ninguém viu. O colombiano jogou mal, mas a equipe até que conseguiu
ser mais veloz na movimentação. Aí veio um contra-ataque e... Pênalti de Luiz
Eduardo em Fabinho: 2 a 0 e fúria total da torcida organizada, com gritos
contra Ganso e de "time sem vergonha". O público foi de 13.015
pessoas.
O São Paulo diminuiu com seu principal trunfo na temporada:
o talento de Alexandre Pato. Ele bateu com categoria e acertou o cantinho de
Luis Carlos. Com Carlinhos na ponta direita, uma de suas "n" posições
durante a partida, e o zagueiro Luiz Eduardo de centroavante, conseguiram criar
bons lances, mas, no melhor deles, Wilder furou na primeira e acertou o
travessão na segunda. Ficou claro, ali, que a bola não entraria de jeito
nenhum.

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