O São Paulo vencia até os 47 do segundo tempo, quando
Rogério Ceni saiu jogando mal com os pés, lançou nos pés de Robinho e foi
encoberto. O lance lembrou outro golaço de cobertura de Robinho em Ceni, em
março, do meio-campo, pelo Paulistão, em vitória de 3 a 0 do Palmeiras. O
São Paulo trocou o quarto pelo sexto lugar com o gol sofrido no fim. Teve mais
posse (52%) e mais finalizações (12 a 9) no clássico.
Não se jogam dois pontos fora desse jeito em uma batalha tão
complicada. O São Paulo,
longe de ser brilhante, se sobressaía contra o Palmeiras. Merecia a vitória. E
aí Rogério Ceni falhou: ao dar a bola nos pés de Robinho, também deu ao rival a
permanência no G-4. Uma análise
racional indicaria que o Tricolor deve engolir a dor e seguir em frente, pois
tem todas as condições de ir à Libertadores. Mas em um clube com tanto conflito
interno, pedir racionalidade não é tão simples.
O Brasileirão dá toda a pinta de que decidirá em detalhes
sua última vaga na Libertadores. E o Palmeiras pode ter recebido de Rogério Ceni o detalhe a seu
favor. Caiu do céu o empate, e os jogadores, não por acaso, comemoraram como se
fosse vitória. Mas a alegria não deve eclipsar a atuação tímida do time
alviverde. Claro, era clássico,
contra um time forte e na casa dele, mas o Palmeiras pode se impor mais. E,
com tanta gente na briga por G-4, essa imposição será necessária.








